A presidente Dilma Rousseff inicia nesta quinta-feira uma agenda de dois dias voltada para as relações com países sulamericanos ao participar da posse do presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, em Lima. A cerimônia começa no Congresso Nacional e termina com um almoço oferecido por Humala, no Palácio do Governo. Na sexta-feira, Dilma recebe a presidente argentina, Cristina Kirchner, como parte da agenda periódica de encontros bilaterais.
Dilma chegou ontem à capital peruana, às 21h45 locais (23h45 de Brasília), e não deu declarações após descer do avião. Também participam da posse de Humala o príncipe de Astúrias, Felipe de Bourbon, e os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner; Equador, Rafael Correa; Colômbia, Juan Manuel Santos; Uruguai, José Mujica; e Chile, Sebastián Piñera, que chegaram a Lima na quarta-feira. Evo Morales, presidente da Bolívia, também era esperado.
Após a posse de Humala, os chefes de Estado presentes participarão de uma cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que será seguida por outra de presidentes dos países-membros da Comunidade Andina (CAN). Um dos temas do primeiro encontro será a necessidade de integração regional para fazer evitar consequências da crise que afeta os Estados Unidos e países da União Europeia.
"O continente tem que estar preocupado com a situação mundial porque estamos assistindo a modelos econômicos derretendo", disse o assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia, em entrevista à imprensa. Segundo ele, uma recessão nos países desenvolvidos afetara a região - especialmente as economias de países como o Peru, que dependem mais de exportações. Daí a importância de uma maior integração regional e da busca de novos mercados, como China e Índia.
Marco Aurélio também falou da tendência de aliar crescimento econômico à melhor distribuição de renda. "Não basta só crescer e a população ficar ao Deus dará." Como exemplo, citou o caso de Humala, que inspirou-se no ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e prometeu ampliar os projetos sociais, sem mexer no modelo econômico.
Fonte: Noticias Terra, Com informações da Agência Brasil